quarta-feira, 30 de junho de 2010

Shyamalan - O Homem que Vendeu sua Alma

Manoj Nelliattu Shyamalan, conhecido profissionalmente como M. Night Shyamalan (Mahé, Pondicherry, 6 de agosto de 1970) é um cineasta indiano.

Manoj Nelliyattu Shyamalan nasceu na Índia em 1970, mas foi morar ainda na sua infância na Filadélfia, nos Estados Unidos. Filho de médicos, demonstrou paixão pelo cinema desde que ganhou uma câmera quando tinha oito anos de idade. Seu grande ídolo sempre foi Steven Spielberg.
Na época em que freqüentou a Universidade de Nova Iorque, Shyamalan resolveu alterar seu sobrenome do meio para Night, passando a assinar desse modo ao invés de Nelliyattu.
pesar de ter nascido na Índia, cresceu no subúrbio de Filadélfia, onde rodou todos seus filmes (menos Praying with Anger). Durante a adolescência fazia filmes caseiros, fato que prenunciou sua brilhante vida de cineasta. Desde seu filme Olhos Abertos, de 1998, sempre aparece atuando em seus filmes.
Em 2009, Shyamalan lançou oficialmente seu site pessoal,http://www.mnightshyamalan.com/site.html, assim como seus filmes o site é completamente fora dos padrões normais. No site a pessoa será acompanhada por um corvo enquanto entra em uma estranha casa abandonada. O interessante do site é tentar descobrir aonde achar cada local que mostra detalhes dos seus filmes.


Veja as opiniões.

Postado por: Octavio Caruso 

Hitchcock só houve um! Suas obras primas marcaram presença em cinco décadas, do cinema mudo até o movimento transgressor do fim da década de 70. Shyamalan dirigiu apenas oito produções, nem todas dignas de menção.
Dito isto e analisando-o corretamente, o indiano ainda não possui referências suficientes para que o coloquemos acima de um Sidney Pollack, nem mesmo um Ron Howard. Seu forte são os roteiros engenhosos e populares.
Seus dois primeiros filmes: “Praying with Anger” (1992) e “Wide Awake” (1998) são esforços medíocres, com resultados medianos. “O Sexto Sentido” (1999) foi um enorme sucesso popular, com um roteiro simples e uma idéia genial. Analisando-o friamente percebe-se que exceto a idéia principal, o resto da obra não possui nada excepcional. Muito do mérito deve-se a atuação do jovem Haley Joel Osment, que como um bom mágico, nos entretém o suficiente para que não percebamos o truque. Qualquer outro ator mirim poderia ter destruído o mistério e o filme.
No ano seguinte Shyamalan realizou o que considero como sendo sua obra prima até o momento: “Corpo Fechado”. O público da época não entendeu a idéia, achando que seria mais um quebra cabeça a ser resolvido, acabando por limitar o diretor em seus projetos futuros.  O Shyamalan autoral acabava ali, dando lugar ao homem que tenta desesperadamente agradar seu público, vendendo sua "alma", numa equação que quase nunca dá certo!
Em “Sinais” (2002) ele entra no terreno da ufologia, porém sem o brilhantismo de Steven Spielberg. Ao final entrega o que seu público esperava em seu filme anterior, com um mistério que acaba enfraquecendo a já bastante combalida história. Diferente de “Sexto Sentido”, onde o mistério tinha uma razão de sê-lo, neste fica evidente que ele forçou a mão na tentativa de surpreender seu público.
Enquanto Hitchcock caminhava na contramão do que seu público pedia, ampliando seus horizontes e renovando sua criatividade, Shyamalan tornou-se escravo de uma fórmula que cansa seus fãs e afasta possíveis futuros admiradores.
“A Vila” (2004) é a conseqüência do caminho que ele escolheu seguir. A história é ótima, o elenco é primoroso, existe um mistério, porém seus fãs (a grande maioria) odeiam! Já com “A Dama do Lago” (2006) e “Fim dos Tempos” (2008) o indiano deixa claro que a escravidão a que se submeteu está exaurindo sua força criativa. Os filmes são medíocres!
M. Night Shyamalan padece do mesmo mal que seu colega Tim Burton. Ambos em “zonas de conforto”, que dia a dia enfraquecem suas forças criativas e cansam seus fãs.
Espero que com “O Último Mestre do Ar”, Shyamalan realize um bom trabalho e renove minhas esperanças nele.

Prêmios e indicações

M. Night Shyamalan (2006)
Oscar
  • 2000 - Indicado Melhor Diretor, por O Sexto Sentido.
  • 2000 - Indicado Melhor Roteiro Original, por O Sexto Sentido.
Globo de Ouro
  • 2000 - Indicado Melhor Roteiro, por O Sexto Sentido.
Golden Satellite Awards
  • 2000 - Prêmio Satélite de Ouro de Melhor Roteiro Original, por O Sexto Sentido.
BAFTA
  • 2000 - Indicado Melhor Roteiro Original, por O Sexto Sentido.
  • 2000 - Indicado Melhor Diretor ao Prêmio David Lean, por O Sexto Sentido.
Annie Awards
  • 2000 - Indicado Melhor Roteirista, por O Pequeno Stuart Little.
Palm Springs International Film Festival
  • 2000 - Prêmio Visionary Award.


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