sexta-feira, 2 de julho de 2010

Seleção portuguesa chega em Lisboa e é recebida com protestos

A delegação de Portugal deu adeus às vuvuzelas e foi recebida no aeroporto de Lisboa, nesta quinta-feira (1), ao som do megafone de um torcedor, que utilizou o aparelho para insultar o técnico Carlos Queiroz. Cerca de 30 torcedores estavam no saguão. Houve uma mistura de protesto e apoio. O goleiro Eduardo, que levou apenas um gol na Copa e chorou muito após a derrota para a Espanha, foi o mais aplaudido e recebeu homenagem na forma de frases elogiosas em cartazes. 




“ESTOU SIMPLESMENTE DESOLADO E SEM VONTADE DE FALAR” diz Cristiano Ronaldo.


Cristiano Ronaldo recusa ter levantado qualquer polémica em torno de Carlos Queiroz e pede que “não sejam criados fantasmas onde eles não existem”. “Sinto-me destroçado, completamente desolado, frustrado e com uma tristeza inimaginável”, explicou Cristiano Ronaldo à Gestifute Media, estupefacto assim que começou a aperceber-se das dimensões que “uma simples e inocente” frase provocou quando passava pela zona mista, no final do jogo com a Espanha. “Sei que sou o capitão, sempre assumi, como assumirei, as minhas responsabilidades, mas naquele momento não conseguiria dizer mais que três ou quatro frases lúcidas. Quando disse para perguntarem ao treinador, foi simplesmente porque Carlos Queiroz estava na conferência de Imprensa e os jornalistas podiam escutar as suas explicações, porque eu não me sentia em condições para explicar o que quer que fosse. Sou um ser humano, estou a sofrer e tenho o direito de sofrer sozinho. Jamais pensei que aquela simples e inocente frase provocasse tanta polémica, por isso peço que não encontrem fantasmas onde eles não existem, porque a realidade é que estão a criar um caso que não é caso”.


As lágrimas caíam copiosamente dos seus olhos, prostrado no relvado durante minutos, apesar do conforto dos companheiros. Eduardo era o espelho do desalento, ele que brilhara ao mais alto nível, com uma mão cheia de magníficas defesas. Até no que viria a ser o golo da eliminação, travando o primeiro remate de Villa. Portugal acabara de ser afastado do primeiro Mundial em solo africano. O sonho terminara. E acabou por saber a pouco.







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